A Petrobras entregou um plano de desenvolvimento unificado para os campos de Lula e Cernambi, informou o gerente de Planejamento de E&P Pré-Sal da petroleira, Mauro Hayashi. A petroleira, contudo, sustenta a posição de que as duas áreas formam reservatórios separados.
"É complicado já que terei que informar a perfuração de um poço aonde não achamos que tem óleo. Mas é uma questão técnica que continua sendo desenvolvida", disse Hayashi, que participou da abertura do seminário Brasil Pré-Sal 2011, no Rio de Janeiro.
A Petrobras deve sofrer alguma sanção por ter entregue o plano de desenvolvimento hoje, fora do prazo estabelecido pela ANP. No início de julho, a diretoria da ANP reprovou os planos de desenvolvimento dos campos de Lula e Cernambi e determinou que a Petrobras apresentasse em 90 dias um plano de desenvolvimento único para a área, incluindo a parte de Cernambi.
O consórcio Petrobras, BG e Galp declarou a comercialidade das áreas do BM-S-11 em dezembro do ano passado. No documento enviado à ANP foi indicado que a área de Tupi, então rebatizada como Lula, teria 6,5 bilhões de boe recuperáveis. Já a área de Iracema, chamada de Cernambi, teria 1,8 bilhão de boe recuperáveis, mas em um reservatório diferente do primeiro. Se consideradas como um só reservatório, como quer a ANP, o valor da participação especial a ser pago pela companhia será maior.
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