sexta-feira, 14 de outubro de 2011

GX Technology ganha contrato para processar dados de fundo oceânico


Em sua primeira participação em licitações no Brasil, a GX Technology foi contratada pela Petrobras para fazer o processamento de aproximadamente 13 Terabytes de dados sísmicos adquiridos pela GeoRXT,  na Bacia de Campos. O alvo do trabalho é melhorar o imageamento de uma área do pré-sal abaixo do campo de Marlim. O valor do contrato não foi informado.
O trabalho terá aproximadamente de 15 a 18 meses de duração e será dividido em três fases. O pré-processamento dos dados, quando são realizadas, entre outras tarefas, a soma dos sinais dos geofones e hidrofones (de pressão e velocidade) e a separação de ondas PP e PS, além da retirada de ruídos. Essa primeira fase ficará a cargo do grupo de processamento da GX, em Houston. Posteriormente, os dados retornarão ao Rio de Janeiro para as fases de "imageamento" e migração das ondas PP e PS, em profundidade e em tempo, que serão realizadas em conjunto com técnicos da Petrobras.
De acordo com o diretor-gerente da empresa, Andrew Phipps, este é um trabalho sofisticado, que requer toda a tecnologia de processamento sísmico 3D marítimo disponível hoje no mercado, pois envolve um volume de dados enorme (13 Tb), de altíssima resolução, adquirido através de cabos multicomponentes (com quatro sensores em cada estação), posicionados no fundo do oceano em uma área relativamente pequena (200 km2).
Phipps destacou ainda que o contrato não requer o upgrade do datacenter da empresa no Rio de Janeiro. Porém, como é um primeiro trabalho de grande porte, é possível que se amplie a capacidade de processamento para poder disputar outras concorrências.
"Estamos focalizando em tecnologia. Queremos pegar trabalhos que envolvem maiores desafios", salientou o executivo, acrescentando que o resultado deste trabalho poderá abrir um mercado interessante para aquisição de dados OBC (Ocean Bottom Cable) em áreas onde já tem produção e o respectivo processamento desses dados.

OBC

O objetivo do levantamento OBC é "imagear" a subsuperfície a partir de uma área densamente obstruída por sistemas de produção e transporte de óleo e gás, como plataformas e dutos. Para obter uma boa imagem do subsolo em áreas de produção, são empregados cabos de fundo oceânico dotados com geofones para captar as ondas elásticas disparadas da subsuperfície pelos navios-fonte, que emitem ondas sonoras e registram as ondas que retornam do subsolo.
Geofísica Brasil -

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