terça-feira, 11 de outubro de 2011

Equador prevê para 2013 produção de petróleo em reserva natural


Bloco na Amazônia pode gerar cerca de 20 mil barris diários "na primeira etapa", segundo presidente de estatal equatoriana.
O Equador espera iniciar no primeiro semestre de 2013 a produção de petróleo em um bloco localizado parcialmente em uma reserva natural da Amazônia, capaz de gerar milhões de barris, disse nesta segunda-feira uma fonte oficial.
No "bloco 31 estamos já em pleno processo de desenvolvimento. Iniciaremos as construções de instalações possivelmente em dezembro deste ano", disse o presidente da estatal Petroamazonas, Oswaldo Madrid, ao canal GamaTV.
"A expectativa é chegar a ter a primeira produção do bloco no primeiro semestre de 2013", afirmou o funcionário, que completou que serão extraídos cerca de 20.000 barris diários "na primeira etapa".
Cerca de 30% do bloco 31 está dentro do parque Yasuní e se encontra com o projeto ITT, formado pelos campos Ishpingo, Tambococha e Tiputini, com reservas de 846 milhões de barris de petróleo.

Equador quer compensação internacional para não explorar subsolo 

O Equador propõe não explorar o ITT em troca de uma compensação internacional de 3,6 bilhões de dólares durante 12 anos, como uma ação contra o aquecimento global.
A reserva Yasuní, de 950.000 hectares e localizada a 300 km a leste de Quito, foi declarada reserva mundial da biosfera pela Unesco em 1989 e nela se detecta a presença das tribos Tagaeri e Taromenane, que rejeitam o contato com o exterior.
O bloco 31 foi concedido em 1996 à Petrobras, mas esta desistiu de explorá-lo diante da possibilidade de enfrentar problemas ambientais e sociais.
"Com os máximos padrões podemos realizar uma exploração de forma adequada", defendeu Madrid sobre os projetos.
No último sábado, o presidente Rafael Correa reiterou que avançam os estudos para explorar o Tambococha no caso de fracassar a proposta ecológica.
Segundo o presidente, neste poço, que "está a cerca de 12 km do limite do parque" Yasuní, "estão sendo consideradas técnicas de exploração horizontal", para a qual não se requer nenhuma autorização.
Para "o Ishpingo, como está em pleno coração do Yasuní, tenho que pedir permissão para a Assembleia (Legislativa)" ou participar de uma "consulta popular" para explorá-lo, disse anteriormente Correa, esclarecendo que sua "intenção é não tocar" esse campo "para não afetar o parque".
Sobre o Tiputini, o presidente sustenta que apenas 10% está dentro do Yasuní, mas que se "pode explorar de fora" da chamada "zona intangível".
IG Economia

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