Bloco na Amazônia pode gerar cerca de 20 mil barris diários "na primeira etapa", segundo presidente de estatal equatoriana.
O Equador espera iniciar no primeiro semestre de 2013 a produção de petróleo em um bloco localizado parcialmente em uma reserva natural da Amazônia, capaz de gerar milhões de barris, disse nesta segunda-feira uma fonte oficial.
No "bloco 31 estamos já em pleno processo de desenvolvimento. Iniciaremos as construções de instalações possivelmente em dezembro deste ano", disse o presidente da estatal Petroamazonas, Oswaldo Madrid, ao canal GamaTV.
"A expectativa é chegar a ter a primeira produção do bloco no primeiro semestre de 2013", afirmou o funcionário, que completou que serão extraídos cerca de 20.000 barris diários "na primeira etapa".
Cerca de 30% do bloco 31 está dentro do parque Yasuní e se encontra com o projeto ITT, formado pelos campos Ishpingo, Tambococha e Tiputini, com reservas de 846 milhões de barris de petróleo.
Equador quer compensação internacional para não explorar subsolo
O Equador propõe não explorar o ITT em troca de uma compensação internacional de 3,6 bilhões de dólares durante 12 anos, como uma ação contra o aquecimento global.
A reserva Yasuní, de 950.000 hectares e localizada a 300 km a leste de Quito, foi declarada reserva mundial da biosfera pela Unesco em 1989 e nela se detecta a presença das tribos Tagaeri e Taromenane, que rejeitam o contato com o exterior.
O bloco 31 foi concedido em 1996 à Petrobras, mas esta desistiu de explorá-lo diante da possibilidade de enfrentar problemas ambientais e sociais.
"Com os máximos padrões podemos realizar uma exploração de forma adequada", defendeu Madrid sobre os projetos.
No último sábado, o presidente Rafael Correa reiterou que avançam os estudos para explorar o Tambococha no caso de fracassar a proposta ecológica.
Segundo o presidente, neste poço, que "está a cerca de 12 km do limite do parque" Yasuní, "estão sendo consideradas técnicas de exploração horizontal", para a qual não se requer nenhuma autorização.
Para "o Ishpingo, como está em pleno coração do Yasuní, tenho que pedir permissão para a Assembleia (Legislativa)" ou participar de uma "consulta popular" para explorá-lo, disse anteriormente Correa, esclarecendo que sua "intenção é não tocar" esse campo "para não afetar o parque".
Sobre o Tiputini, o presidente sustenta que apenas 10% está dentro do Yasuní, mas que se "pode explorar de fora" da chamada "zona intangível".
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