A empresa Georadar Levantamentos Geofísicos, do Grupo Georadar, pretende dar um passo definitivo para a sísmica marítima, respaldada nos bons resultados que vêm obtendo nos seus negócios onshore. "Ainda não realizamos levantamentos sísmicos offshore, no que pese termos feito trabalhos oceanográficos e de apoio ambiental e à engenharia, por meio de nossa subsidiária Geodata Serviços Offshore. A sísmica marítima será nosso próximo passo", afirmou Celso Magalhães, que deixou o comando da empresa para assumir a presidência de novos negócios do grupo Georadar.
De acordo com José Fagundes, diretor de operação sísmica da empresa, o mercado terrestre de exploração é demandante nos próximos cinco anos, tornando-se estável. Segundo ele, a demanda por novas tecnologias, principalmente as tricomponentes, voltadas ao desenvolvimento de reservatórios terrestres, hoje praticamente inexistentes no Brasil, será uma realidade crescente em dois anos.
"Daqui a cinco anos teremos também demanda para sísmica de poços (borehole seismic) e para sísmica passiva. Juntando essas tecnologias, do ponto de vista terrestre, acreditamos ser um mercado consistente", afirmou Fagundes. "O mercado marítimo será de reposição para exploração e demandante para sísmica de desenvolvimento, pelo menos até 2020", acredita Fagundes.
Com duas equipes sísmicas no Maranhão, trabalhando atualmente para OGX (tendo concluído recentemente uma aquisição sísmica para Petrobras na mesma bacia), e equipes dando a partida em mais dois projetos regionais da ANP - um na região de Santarém, nos estados do Amazonas e Pará, e outro em Cruzeiro do Sul, no Acre -, a Georadar continua faturando novas licitações. A mais recente, para fazer a aquisição sísmica na mesorregião Centro Amazonas, por áreas que se estendem por sete municípios amazonenses, a serviços da Petrobras e da parceira portuguesa Petrogal.
Celso Magalhães, explica a forma de atuar que tem sido bem sucedida nesses doze anos de operações. "Somos uma empresa de serviços com um determinado escopo. Não fazemos tudo: fazemos um escopo definido e nos dedicamos a ele aproveitando suas sinergias - foco no negócio: capacitação, controle de custos, agilidade, compartilhamento de recursos e busca incessante pela sustentabilidade", diz ele. "Esses atributos reunidos geram competitividade. Não há segredo e sim trabalho coordenado".
A mesma regra serve para compor os preços em um mercado altamente competitivo, que hoje tem uma demanda aquecida. "Não é um processo fácil. Temos o que chamamos de Plataforma Georadar, que é um conjunto de aplicativos desenvolvidos na própria empresa, ao longo desses últimos sete anos, que integram Operação, Custos, Controle Jurídico e Comercial", explica José Fagundes. "Construímos um sistema interativo de aplicativos, que nos possibilita aprender com os erros do passado e corrigir o curso, inclusive os preços", complementa, revelando que nem todo projeto é lucrativo. "Quando não é, terminamos e honramos os compromissos com o cliente. Isso nos possibilita retornar à 'prancheta', refazer o planejamento e tocar o futuro. No computo geral, o saldo tem sido muito positivo."
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