O setor de petróleo e gás brasileiro atingiu importância mundial devido às inúmeras descobertas de poços e sua enorme capacidade de exploração. Este processo vantajoso para o fortalecimento econômico sofre com a escassez de mão de obra qualificada, deficiência que terá de ser solucionada com rapidez para que expansão continue a todo vapor. Na tentativa de atrair novos parceiros e minimizar o problema, a Petrobras investiu, nos últimos anos, cerca de US$ 700 milhões na expansão de redes de pesquisas e desenvolvimento.
O projeto detém processos como perfuração a laser e dispositivos de processamento submarino, além de manter o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), associado à UFRJ, sendo uma das referências no ramo de petróleo e gás. “A parceria com universidades também é vital na estratégia das cadeias produtivas. É impossível para as empresas manter em seu quadro todo o conjunto de competências para os planos de inovação”, afirma o professor da Unicamp, Carlos Américo Pacheco, em entrevista à revista Inovação, publicada pelo jornal Valor Econômico.
Tributaristas escassos
A falta de mão de obra qualificada atinge também o setor jurídico que, devido à escassez de especialistas no setor de petróleo e gás, chega a remunerar 30% a mais seus profissionais, alcançando o teto salarial de R$ 20 mil para o cargo de gerente, apontam empresas de recursos humanos. Todo o dinheiro envolvido nas operações exige alta eficiência dos tributaristas, aumentando a responsabilidade do profissional.
Uma das reivindicações expostas é que durante o período de estagnação da indústria do petróleo, o mercado não se atentou a qualificar os tributaristas, e com a ascensão do setor a maioria dos profissionais são sêniores ou juniores, com no máximo 30 anos de idade. “Eles não têm o domínio completo, mas são a mão de obra disponível”, afirma o gerente da área de finanças da Hays no Rio de Janeiro, Paulo Moraes.
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